Prisão de MC Poze por suspeita de envolvimento com facção gera reação crítica de Oruam
O rapper Oruam, de 24 anos, usou suas redes sociais para comentar a prisão de MC Poze do Rodo, ocorrida na madrugada desta quinta-feira durante uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Reação nas redes sociais
Ao se deparar com as imagens do funkeiro sendo levado algemado, Oruam demonstrou revolta e saiu em defesa do amigo.
“Te amo, pai. Isso é uma covardia. Olha o que estão fazendo com ele. Que absurdo. O Estado gosta de humilhar a gente”, publicou ele em tom de indignação.
Críticas à abordagem e defesa de Poze
Oruam também criticou a forma como a ação foi conduzida, apontando o que considera ser um excesso por parte das autoridades.
“Colocaram algema no Poze sem necessidade. Todo mundo sabe o quanto ele inspira outras pessoas. Ele é artista, não criminoso”, afirmou.
Ainda segundo o rapper, as acusações contra Poze não condizem com sua trajetória:
“Ele canta em baile, veio da favela, mas isso não significa envolvimento com crime. É um cara que representa superação. Isso tudo é injusto demais”, concluiu.
Além do desabafo nas redes sociais, Oruam também compartilhou uma mensagem enviada por sua mãe, Márcia Gama, demonstrando preocupação com a exposição do filho diante da repercussão do caso envolvendo MC Poze.
“Meu filho, estou muito triste. Esses caras estão querendo fazer isso com você. Não dá brecha. Evita”, dizia a mensagem exibida em um print publicado pelo rapper.
Entenda a prisão de MC Poze do Rodo
MC Poze foi preso no bairro do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, durante uma ação da Polícia Civil. O cantor é alvo de investigação por apologia ao crime e suposta associação com a facção criminosa Comando Vermelho (CV).
Essa não é a primeira vez que o artista tem passagens pela polícia.
As autoridades afirmam que Poze teria realizado shows em comunidades controladas pelo CV, onde a segurança dos eventos era garantida por traficantes armados com fuzis e outras armas de alto poder.
Segundo a investigação, esses eventos seriam financiados pela facção com o objetivo de fortalecer sua atuação no tráfico, utilizando os bailes para movimentar dinheiro, promover a venda de drogas e manter o domínio territorial.
A operação cumpriu um mandado de prisão temporária, expedido pela Justiça com base nas evidências coletadas.
