A genialidade de Michael Jackson: como ele criou a batida de “Billie Jean” usando apenas a voz
Muito além de cantor e dançarino, Michael Jackson também era um criador musical completo e um dos maiores exemplos disso está na forma como ele compunha suas músicas. Um caso impressionante é o de “Billie Jean”, um dos maiores sucessos da sua carreira.
O que pouca gente sabe é que Michael não sabia tocar instrumentos, mas isso nunca o impediu de compor arranjos inteiros. Na verdade, ele usava apenas a própria voz, estalos de dedos, batidas no peito e sons com a boca para criar a estrutura completa de suas músicas.
Antes mesmo de entrar no estúdio, ele gravava fitas cassete caseiras com todas as ideias sonoras: percussão, linha de baixo, metais e até efeitos. Tudo era cantado ou reproduzido vocalmente por ele com impressionante precisão de timbre, ritmo e intensidade.
Foi exatamente assim que nasceu a batida icônica de “Billie Jean”. Michael apareceu no estúdio com uma fita onde reproduzia com a boca cada parte da música, e os músicos profissionais apenas traduziram o que ele vocalizou para instrumentos reais. O resultado final seguiu quase exatamente aquilo que ele tinha criado sozinho.
O produtor Quincy Jones, responsável pelo álbum Thriller, contou diversas vezes que Michael “era capaz de cantar qualquer instrumento com tanta clareza que parecia uma banda inteira só com a voz dele”.
Essa técnica não era um caso isolado. Era o método que Michael usava para compor praticamente tudo: ele escrevia a música inteira na cabeça e só depois passava para os músicos. Isso explica por que tantas de suas canções tinham um ritmo e uma energia tão pessoais elas vinham direto da sua mente para o mundo, sem filtros.