Torcedor do Flamengo recebe pena de 14 anos por envolvimento em morte de palmeirense
A Justiça condenou a 14 anos de prisão o torcedor do Flamengo acusado de atirar a garrafa que resultou na morte de uma jovem palmeirense, em um episódio ocorrido em julho de 2023, em São Paulo. A decisão foi tomada nesta terça-feira (20), após o júri considerar Jonathan Messias Santos da Silva, de 35 anos, culpado pela morte de Gabriela Anelli, de apenas 23 anos.

Foto de Jonathan Messias Santos da Silva
A pena deverá ser cumprida em regime fechado, e o réu não poderá recorrer em liberdade.
O julgamento, realizado no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da capital, teve início na segunda-feira (19). Testemunhas de acusação e defesa foram ouvidas, e na manhã seguinte, Jonathan foi interrogado. Em seguida, ocorreram os debates entre promotores e advogados, antes dos sete jurados se reunirem para a votação que levou à condenação. A sentença foi proferida pela juíza Isadora Botti Beraldo Moro.
Foto de Allianz Parque
O crime aconteceu nos arredores do Allianz Parque, momentos antes da partida entre Palmeiras e Flamengo pelo Campeonato Brasileiro. Confrontos entre torcedores dos dois clubes resultaram em uma troca de objetos arremessados. Em meio ao tumulto, uma garrafa lançada por Jonathan se quebrou e seus estilhaços atingiram o pescoço de Gabriela, que estava do lado de fora do estádio.
A jovem foi socorrida em estado grave e levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos ela sofreu duas paradas cardíacas e faleceu dois dias depois.
Jonathan foi identificado dias após o ocorrido, com base em imagens de testemunhas e câmeras de segurança. Ele também foi reconhecido por sistemas de reconhecimento facial ao entrar no estádio, mesmo após a confusão.
Foto de Gabriela Anelli
Jonathan foi preso pela Polícia Civil em 25 de julho de 2023. Ele foi acusado pelo Ministério Público de homicídio doloso com dolo eventual quando o autor assume o risco de causar a morte, mesmo sem a intenção direta de matar. A Justiça acatou a denúncia apresentada pela Promotoria, transformando o torcedor em réu no processo criminal.
Residente no Rio de Janeiro, Jonathan ocupava o cargo de diretor de uma escola municipal em Campo Grande, na zona oeste da capital fluminense, à época dos fatos.
A defesa do réu ainda não se manifestou publicamente sobre a condenação. Também não houve, até o momento, pronunciamento oficial por parte dos advogados que representam a família de Gabriela Anelli, a jovem vítima do caso.