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Tarifas de Trump já fortaleceram líderes de países rivais, mostram casos anteriores

Ofensiva econômica dos EUA já teve efeito contrário e elevou imagem de rivais

O novo movimento tarifário de Donald Trump contra o Brasil reacende um padrão já conhecido na geopolítica recente: o de que, em vez de enfraquecer governos rivais, as tarifas americanas muitas vezes acabam impulsionando sua popularidade interna.

Nesta semana, o ex-presidente dos Estados Unidos anunciou, por meio de uma carta oficial, tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, com vigência prevista para 1º de agosto. Mas o que chamou mais atenção foi o tom político da medida: diferente de outros casos, Trump justificou a sanção como uma forma de protesto contra o que ele classificou como “perseguição judicial” a Jair Bolsonaro no Brasil.

A ofensiva, segundo analistas internacionais, foi vista como um gesto pessoal em defesa do aliado político, atualmente réu no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de participar da tentativa de golpe em 2022. Trump alegou que Bolsonaro é vítima de uma “caça às bruxas”, repetindo a mesma expressão que usa para se referir às próprias investigações que enfrenta nos EUA.

Foto do post de Trump em ‘Truth Social’ falando sobre Jair Messias Bolsonaro

No entanto, os argumentos econômicos utilizados na carta carecem de precisão. Trump afirma que os EUA têm déficit comercial com o Brasil, quando, na verdade, o país tem superávits consecutivos desde 2009. Ou seja, os Estados Unidos exportam mais para o Brasil do que importam o que desmonta a base técnica da cobrança.

Efeito colateral já conhecido

A história mostra que, em diversos episódios, as tarifas impostas pelos EUA não só falharam em atingir os objetivos pretendidos, como também acabaram fortalecendo os líderes dos países sancionados. Casos como China, México e Turquia mostraram que medidas protecionistas mal calculadas geram ondas de apoio nacionalista e consolidam discursos de resistência interna.

Além disso, a política de tarifas do ex-presidente norte-americano vem sendo marcada por anúncios intensos seguidos de recuos estratégicos. Em abril, ele divulgou medidas tarifárias contra dezenas de países, mas adiou ou limitou a execução da maioria delas. Canadá, México e países da União Europeia já passaram por esse tipo de ameaça, que muitas vezes não saiu do papel.

O vaivém acabou criando entre investidores e analistas de mercado a expressão “Trump Always Chickens Out” ou, em tradução livre, “Trump sempre amarela”, apontando para a frequência com que o republicano recua de suas ameaças comerciais após os impactos iniciais.

Agora, o anúncio contra o Brasil levanta questões não apenas sobre os motivos reais da medida, mas também sobre o impacto que ela pode gerar na política interna brasileira, especialmente entre eleitores de Bolsonaro que agora voltam a ver seu nome atrelado a uma “defesa internacional”.

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