Ataque com mísseis russos em Sumy, na Ucrânia, deixa 32 mortos e mais de 80 feridos
Neste domingo (13), a cidade de Sumy, no nordeste da Ucrânia, foi alvo de um ataque devastador. Dois mísseis lançados pela Rússia atingiram a região central do município, resultando em pelo menos 32 mortos e 84 feridos, de acordo com autoridades locais.
O bombardeio ocorreu por volta das 10h15 no horário local (4h15 em Brasília), causando destruição significativa em áreas densamente povoadas.
Foto de Sumy
“Neste Domingo de Ramos, nossa comunidade foi atingida por uma tragédia imensa. Infelizmente, já contabilizamos mais de 20 mortos”, declarou Artem Kobzar, prefeito em exercício de Sumy, por meio de um comunicado divulgado nas redes sociais.
Imagens divulgadas por canais oficiais revelam a gravidade do ataque em Sumy, mostrando corpos espalhados entre os escombros e a fumaça que tomou conta do centro da cidade.
Pelas redes sociais, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, comentou sobre os esforços de resgate que continuam no local e não poupou palavras ao se referir à Rússia, chamando o país de “escória imunda” e cobrando uma resposta internacional à altura.
“Dezenas de civis estão entre os mortos e feridos, segundo informações iniciais. Apenas uma escória imunda é capaz de cometer algo assim, tirando vidas inocentes. Negociações jamais impediram mísseis ou bombas aéreas. O que se faz necessário agora é o tratamento que um verdadeiro terrorista merece”, afirmou Zelensky em um duro pronunciamento.
O ataque à cidade ucraniana de Sumy gerou reações imediatas de líderes mundiais. O presidente da França, Emmanuel Macron, usou a rede social X para condenar a ofensiva e apontar responsabilidades diretamente à Rússia.
“Todos sabem que apenas a Rússia deseja essa guerra. Está evidente que é o único país que insiste em mantê-la, desprezando a vida humana, o direito internacional e os esforços diplomáticos do presidente Trump”, escreveu Macron, em uma declaração contundente.
Já o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, reiterou seu apoio ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e pediu uma interrupção imediata das hostilidades.
“Estou chocado com os terríveis ataques contra civis em Sumy. Minhas condolências vão para as vítimas e seus familiares. Zelensky tem demonstrado desejo por paz. Cabe a Putin aceitar um cessar-fogo total e incondicional agora”, publicou.
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump também comentou sobre a escalada da violência. Durante uma coletiva na Casa Branca ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Trump demonstrou insatisfação com os bombardeios russos.
“Não estou satisfeito com o que está acontecendo. Eles estão bombardeando loucamente agora, realmente bombardeando. Não sei exatamente o que está se passando, mas certamente não é uma boa situação”, afirmou o presidente americano.
Ele ainda explicou que os Estados Unidos não mantêm relações comerciais com a Rússia devido à guerra, ao ser questionado sobre a ausência de sanções econômicas mais duras.
Durante a mesma declaração à imprensa, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os EUA irão promover uma reunião com representantes da Rússia e da Ucrânia com o objetivo de discutir os rumos do conflito. Segundo ele, um cessar-fogo estaria próximo de ser alcançado.
Apesar disso, a postura do presidente norte-americano tem gerado controvérsias. Na semana passada, a emissora NBC News revelou que assessores próximos o orientaram a não telefonar diretamente para o presidente russo, Vladimir Putin, temendo impactos diplomáticos indesejados.
Recentemente, Trump declarou estar “irritado” com a Rússia devido à intensificação dos ataques e ameaçou aplicar novas sanções caso Moscou não recue em suas ações militares.
