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Protesto de moradores da Favela do Moinho interrompe operação de linhas da CPTM

Manifestação organizada por moradores da Favela do Moinho impacta o serviço da CPTM

Moradores da Favela do Moinho promoveram um protesto na tarde desta segunda-feira (12), que resultou na interrupção temporária da circulação de trens em diversas estações das linhas 8-Diamante, 7-Rubi, 10-Turquesa e 13-Jade.

A mobilização aconteceu em resposta às demolições realizadas pela CDHU na comunidade. Durante o ato, manifestantes incendiaram objetos sobre os trilhos, impedindo a passagem dos trens que cruzam a região.

A situação exigiu a presença da Polícia Militar, que foi acionada para conter a manifestação e liberar as vias férreas.

Em comunicado oficial, a CPTM informou que a circulação foi interrompida por volta das 16h10, no trecho entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Luz.

Segundo a empresa, os trens da Linha 7-Rubi operavam apenas entre Jundiaí e Palmeiras-Barra Funda, enquanto a Linha 10-Turquesa funcionava entre Rio Grande da Serra e Luz. Como opção para os passageiros afetados, foi recomendada a utilização das Linhas 1-Azul e 3-Vermelha do Metrô, que atendem as estações afetadas pela interrupção.

Além disso, a operação do Expresso Aeroporto foi mantida, com partidas acontecendo normalmente a partir da Estação da Luz.

Remoções na Favela do Moinho

No dia 22 de abril, o governo de São Paulo deu início ao processo de remoção de parte das 820 famílias que vivem na Favela do Moinho, localizada nos Campos Elíseos, região central da capital. No primeiro dia da operação, onze famílias deixaram suas casas.

A comunidade, situada ao lado das linhas 7-Rubi (CPTM) e 8-Diamante (ViaMobilidade), está sendo gradualmente desativada. O plano é transformar a área em um futuro parque estadual. Embora o terreno pertença ao governo federal, uma negociação está em andamento com a gestão do governador Tarcísio de Freitas para a cessão do espaço.

O governo estadual justifica a remoção com base em motivos de segurança, devido à proximidade com a circulação dos trens. No entanto, o início da operação foi marcado por protestos e tensão, especialmente pela presença da Polícia Militar, que chegou ao local antes da equipe da CDHU, causando desconforto entre os moradores que não aceitam deixar suas moradias.

O secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Cardinale Branco, justificou a presença antecipada da Polícia Militar no entorno da Favela do Moinho. Segundo ele, a medida foi tomada para impedir ações que poderiam comprometer a segurança da operação, como a tentativa de incendiar acessos à comunidade — situação que já havia ocorrido na sexta-feira (18).

“A decisão do comando da polícia que considero acertada foi chegar antes e se posicionar do lado de fora da favela”, afirmou o secretário. “O objetivo era evitar a formação de barricadas e novos focos de incêndio nas entradas ou sob o viaduto, permitindo que a equipe oferecesse alternativas às famílias dispostas a deixar o local”, completou.

“As pessoas que constroem barricadas não estão tentando impedir a entrada da CDHU. Estão tentando impedir que outras famílias, que desejam sair, possam deixar o local. Isso é uma forma de aprisionamento. Me desculpe, mas isso não representa o espírito de uma comunidade que realmente quer proteger os seus”, declarou o secretário Marcelo Cardinale Branco.

De acordo com ele, 716 das 820 famílias residentes na Favela do Moinho já foram cadastradas pela equipe social da CDHU e demonstraram interesse em sair da área — o que corresponde a aproximadamente 86% dos moradores.

Para viabilizar a desocupação, o governo estadual está oferecendo um auxílio-aluguel no valor de R$ 800, que deve garantir moradia temporária até que novas habitações sejam construídas ou adquiridas pela companhia de habitação.

Auxílios oferecidos e situação do terreno

O auxílio-aluguel mensal de R$ 800 destinado às famílias em processo de saída da Favela do Moinho será dividido entre os dois governos: R$ 400 pagos pelo Estado e R$ 400 pela Prefeitura de São Paulo. Além disso, a gestão estadual também está oferecendo um auxílio-mudança de R$ 2.400, repassado em parcela única, para ajudar na transição das famílias.

“Não tenho dúvida de que estamos resgatando a dignidade e a liberdade dessas pessoas. Elas terão muito mais autonomia para tocar a própria vida. A maioria já indicou para onde gostaria de ir com base nas opções habitacionais da CDHU”, afirmou o vice-governador Felício Ramuth (PSD), que acompanhou o início da operação de remoção.

A área ocupada pela favela pertence ao governo federal, o que impede a realização de reintegração de posse. Por esse motivo, o processo em andamento é de realocação voluntária. Neste ano, o governo de São Paulo formalizou um pedido de cessão do terreno, com o objetivo de transformá-lo em um parque estadual — proposta que ainda está em análise.

Em nota, a Secretaria do Patrimônio da União (SPU/MGI) confirmou que o pedido foi recebido, mas informou que o processo depende da garantia de moradia adequada para as famílias e da entrega de ajustes no plano de reassentamento apresentado pela CDHU, enviado em abril.

O órgão também destacou que a proposta do Estado ainda não deixa claros os endereços exatos de realocação nem os prazos de entrega das novas unidades habitacionais.

“O governo federal apoia as mudanças desde que sejam feitas com o consentimento das famílias e sem o uso de força policial”, reforçou a SPU em nota.

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