PAULO SOARES, O “AMIGÃO”, MORRE AOS 63 ANOS EM SÃO PAULO
O jornalismo esportivo brasileiro se despediu nesta segunda-feira (29) de um de seus maiores ícones. Paulo Soares, carinhosamente conhecido pelo público como “Amigão”, faleceu aos 63 anos em decorrência de falência múltipla dos órgãos. A notícia foi confirmada pelo jornalista Alex Tseng, colega de longa data, e oficializada pela ESPN, emissora onde Paulo construiu um legado que marcou gerações.

LUTANDO PELA SAÚDE
Paulo estava internado há cerca de cinco meses no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde enfrentava complicações decorrentes de problemas crônicos de saúde. Nos últimos anos, passou por diversas cirurgias na coluna, realizadas para tratar lesões nas vértebras que comprometiam sua mobilidade e provocavam fortes dores. O apresentador chegou a compartilhar em entrevistas a dificuldade desse processo, mas sempre manteve sua marca registrada: o bom humor e a paixão pelo trabalho.
UMA CARREIRA DE MAIS DE QUATRO DÉCADAS
Com mais de 45 anos de trajetória profissional, Paulo Soares foi muito além de um simples apresentador. Ele começou cedo: aos 15 anos, já narrava partidas na Rádio Clube de Araras, sua cidade natal. Desde então, passou por grandes veículos de comunicação, como Globo, Bandeirantes, Gazeta e Record, acumulando experiências que o levariam a ser reconhecido como um dos mais respeitados nomes da crônica esportiva.

Durante sua carreira, esteve presente em coberturas históricas, incluindo Copas do Mundo e Jogos Olímpicos, levando emoção e informação ao público brasileiro.
O AMIGÃO DA ESPN
Foi na ESPN que Paulo Soares se consagrou definitivamente. No canal esportivo, tornou-se a voz e o rosto de programas como o “Linha de Passe” e, principalmente, o “SportsCenter”, onde dividiu a bancada por anos com o jornalista Antero Greco, que faleceu em 2023.
A dupla ficou marcada pela química única e pelo jeito leve de conduzir o noticiário esportivo. Juntos, transformaram a transmissão de informações em entretenimento de qualidade, conquistando não apenas fãs de esporte, mas também quem buscava na televisão companhia e carisma.
DESPEDIDA E LEGADO
Paulo Soares deixa a mãe, Anna Maria, a companheira Marlene e os irmãos Marcelo e Roberto. Fora das câmeras, sempre foi descrito pelos colegas como um profissional generoso, um amigo leal e alguém que valorizava cada pessoa ao seu redor, dos repórteres aos técnicos de bastidores.

Seu apelido, “Amigão”, não surgiu por acaso. Ele conseguiu criar uma conexão rara com o público, fazendo com que milhões de brasileiros o vissem como um amigo próximo dentro de suas casas.
UM NOME QUE FICARÁ NA HISTÓRIA
A morte de Paulo Soares representa não apenas a perda de um jornalista, mas também de uma era na televisão esportiva. Sua trajetória mostra a importância da paixão pelo esporte e da humanidade no jornalismo. Bordões como “Olho no lance!” e sua forma descontraída de se comunicar seguem eternizados na memória dos fãs.
Assim como Antero Greco, seu parceiro de bancada, Paulo deixa uma marca profunda na ESPN e no jornalismo brasileiro. Sua ausência será sentida, mas seu legado continuará vivo nas transmissões, nos colegas que inspirou e no carinho do público.
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