O DIA EM QUE CHRIS MARTIN QUASE FOI EXPULSO DO COLDPLAY
No fim dos anos 1990, antes de lotar estádios e se tornar um dos frontmen mais carismáticos da música mundial, Chris Martin esteve a um passo de perder seu lugar no Coldplay. Naquela época, a banda ainda era um grupo de universitários tentando transformar sonhos em acordes, mas a harmonia nos bastidores estava longe de acompanhar o ritmo das canções.

Foto de Chris Martin do Coldplay
Chris tinha um traço que dividia opiniões: o perfeccionismo quase obsessivo. Durante ensaios e sessões de gravação, ele insistia em refazer trechos incontáveis vezes, buscando um nível de detalhe que, para seus colegas, beirava o insuportável. Esse controle excessivo começou a travar o fluxo criativo, e a paciência da banda estava se esgotando.
A tensão cresceu tanto que Guy Berryman, Will Champion e Jonny Buckland chegaram a fazer um pacto silencioso: se o clima não melhorasse, eles encerrariam o Coldplay antes mesmo do primeiro álbum. E, no centro dessa decisão, estava a possibilidade real de afastar Chris Martin para seguir com outro vocalista ou simplesmente encerrar a jornada.

Foto de Chris Martin do Coldplay
O ponto de virada veio quase como um ato de sobrevivência artística. Em meio às discussões, nasceram “Shiver” e “Yellow” músicas que não só pacificaram os ânimos, como revelaram o potencial de um som que misturava melodia emocional e ambição pop. Essas faixas se tornaram a espinha dorsal de Parachutes (2000), álbum que não apenas salvou a banda, mas também lançou o Coldplay no cenário global.
Hoje, é difícil imaginar a música pop sem Chris Martin à frente do Coldplay. Mas essa história mostra que, às vezes, é preciso encarar a beira do fim para descobrir exatamente o que torna uma banda única.
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