JUSTIN BIEBER E O FRACASSO RELATIVO DE “SWAG II”: POR QUE A CONTINUAÇÃO NÃO REPETIU O IMPACTO DO ORIGINAL?
Quando Justin Bieber lançou o álbum “SWAG” em julho, o mundo da música presenciou um fenômeno instantâneo. O disco não apenas estreou no topo do Spotify, mas colocou o canadense novamente no centro das atenções do pop global. Porém, a mesma magia não se repetiu com “SWAG II”, lançado na semana passada. O projeto, que vinha sendo tratado como a sequência natural de um sucesso estrondoso, acabou registrando números muito abaixo do esperado.

Diferente do impacto avassalador do primeiro “SWAG”, nenhuma música do novo álbum conseguiu entrar no Top 100 global do Spotify no dia seguinte ao lançamento. Apenas duas faixas chegaram ao Top 200: “LOVE SONG”, com 1,4 milhão de streams em 24 horas, que alcançou o 110º lugar, e “SPEED DEMON”, que apareceu em 132º. Fora isso, o restante do repertório passou despercebido nas paradas um contraste brutal com o que aconteceu em julho.
Essa queda de desempenho mostra que a sequência não conseguiu sustentar o mesmo entusiasmo do público. Para muitos, faltou o “efeito surpresa” que impulsionou o primeiro lançamento.
A EXPLOSÃO DO PRIMEIRO “SWAG”
Vale lembrar que, quando “SWAG” chegou às plataformas, Justin Bieber colocou seis músicas de uma só vez no Top 10 global do Spotify. O destaque ficou com “DAISIES”, que sozinha conquistou 8,3 milhões de streams em 24 horas, garantindo o 1º lugar. Além disso, todas as 21 faixas do disco estrearam no Top 200, sendo 20 delas já no Top 100.
Esse desempenho elevou Bieber ao posto de artista mais ouvido do mundo, colocando-o no topo do Daily Top Artists Global. O impacto foi tão forte que até quem já acompanhava a carreira do cantor se surpreendeu com a força renovada de sua música.
O PESO DA COMPARAÇÃO
Com números tão grandiosos, era inevitável que “SWAG II” fosse comparado ao seu antecessor. Só que, ao contrário do que muitos esperavam, a continuação não manteve o mesmo fôlego. Justin chegou a subir do 8º para o 2º lugar entre os artistas mais ouvidos do mundo no dia do lançamento do disco, mas logo despencou para a 6ª posição, sem ameaçar a liderança consolidada de Taylor Swift.
Isso revela uma verdade dura para qualquer artista: sequências raramente superam o impacto da obra original, especialmente quando esta se torna um marco cultural e comercial.
A ESTRATÉGIA DO “MENOR ESFORÇO”
Outro ponto que pode ter influenciado no desempenho do álbum é a estratégia ou a ausência dela. Bieber não fez entrevistas, não concedeu performances em grandes programas e tampouco lançou videoclipes oficiais para promover “SWAG II”.

A divulgação se limitou a alguns vídeos caseiros publicados em seu Instagram, onde aparece cantando trechos de músicas de maneira despretensiosa. Essa postura de “anti-marketing” pode até combinar com a imagem de um artista já consolidado, mas, diante da alta competitividade da indústria do streaming, parece ter sido um tiro no pé.
O QUE “SWAG II” REVELA SOBRE A FASE DE JUSTIN BIEBER
Mais do que os números, “SWAG II” expõe um dilema de Justin Bieber: até que ponto a confiança em seu nome e em sua base de fãs é suficiente para sustentar grandes projetos sem o aparato tradicional de divulgação? O artista parece estar apostando em uma relação direta com seus seguidores, mas os resultados mostram que, mesmo para gigantes do pop, ainda é preciso criar expectativa, entregar performances memoráveis e alimentar a máquina de hits.
A EXPECTATIVA PARA OS PRÓXIMOS PASSOS
O futuro de “SWAG II” ainda pode ser redefinido. Novos singles, videoclipes ou performances ao vivo podem reacender o interesse do público. Afinal, Justin Bieber já mostrou em diversas fases da carreira que sabe como transformar momentos de baixa em retornos triunfais.

Por enquanto, porém, o que se vê é uma continuação que não conseguiu repetir o impacto de seu antecessor. “SWAG” foi um terremoto cultural, enquanto “SWAG II” chegou como uma onda bem mais tímida.
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