Durante a partida entre São José e Portuguesa Santista, no estádio Ulrico Mursa, em Santos (SP), o goleiro Tom Cristian, de 33 anos, foi alvo de insultos racistas vindos da própria torcida. Diante da grave situação, a equipe da Briosa demonstrou solidariedade ao atleta e tomou uma atitude firme: recusou-se a dar continuidade ao jogo.
O goleiro da Portuguesa Santista, Winiston Cristian Santos, conhecido como Tom Cristian, de 33 anos, quebrou o silêncio nas redes sociais após ser alvo de insultos racistas por parte da própria torcida durante uma partida em Santos, no litoral de São Paulo. Lamentando o ocorrido, o atleta destacou que as medidas cabíveis já estão em andamento para garantir que os responsáveis sejam punidos.
O ocorrido aconteceu na noite de quinta-feira (20), no estádio Ulrico Mursa, no bairro Jabaquara. Durante a 11ª rodada do Campeonato Paulista da Série A-2, o São José dominava a partida contra a Portuguesa Santista, vencendo por 3 a 0, quando os ataques racistas aconteceram.
A partida foi interrompida por volta dos 30 minutos do segundo tempo, após o goleiro Tom Cristian relatar ter sido alvo de ofensas racistas vindas da própria torcida. Entre os insultos proferidos, ele foi chamado de “macaco“, “filho da p***” e “preto“. Diante da situação, conforme registrado na súmula do jogo, Tom comunicou ao árbitro sua decisão de não seguir em campo.
Em suas redes sociais, Tom Cristian reforçou a importância da luta contra o racismo, destacando que a cor da pele não pode ser motivo de inferiorização, não apenas no esporte, mas em toda a sociedade.
Segundo a súmula, jogadores e comissão técnica da Portuguesa Santista demonstraram total apoio ao goleiro Tom Cristian, deixando o campo após 23 minutos de paralisação. O abandono da equipe foi oficializado, resultando no encerramento definitivo da partida.
