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CLÁSSICO IMEDIATO: “AINDA ESTOU AQUI” FAZ HISTÓRIA COM 13 PRÊMIOS NO GRANDE OTELO E ENTRA PARA O TOPO DO CINEMA NACIONAL

A CONSAGRAÇÃO HISTÓRICA DE “AINDA ESTOU AQUI”: O FILME BRASILEIRO QUE TRANSFORMOU DOR EM ARTE E FEZ HISTÓRIA NO GRANDE OTELO

O filme “Ainda Estou Aqui” não apenas emocionou plateias no Brasil e no exterior ele cravou seu nome na história como a produção mais premiada de todos os tempos no Prêmio Grande Otelo. Dirigido por Walter Salles, o longa venceu nada menos que 13 estatuetas na edição de 2025 da premiação, superando o antigo recorde de “O Palhaço” (2011) e estabelecendo um novo marco no cinema nacional.

Ainda Estou Aqui

Baseado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, o filme retrata com profundidade a dor de uma família dilacerada pela ditadura militar. Selton Mello e Fernanda Torres interpretam Rubens e Eunice Paiva, entregando performances arrebatadoras que renderam a eles os prêmios de Melhor Ator e Melhor Atriz, respectivamente. Em um dos momentos mais comoventes da cerimônia, Selton declarou:

“O filme virou o corpo do Rubens. Emprestei o meu a esse corpo que nunca voltou.”

A vitória nas categorias de Melhor Filme, Direção, Roteiro Adaptado, Fotografia, Trilha Sonora, Direção de Arte e outras técnicas consagrou a produção como um fenômeno completo. Mas o impacto de “Ainda Estou Aqui” foi além das fronteiras brasileiras. O filme estreou com aclamação no Festival de Veneza 2024, vencendo o prêmio de Melhor Roteiro, e seguiu acumulando prêmios no Globo de Ouro, nos Prêmios Goya, no Satellite Awards e, finalmente, no Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025 feito inédito para o Brasil.

Foto do elenco de “Ainda Estou Aqui”

O elenco de apoio inclui Valentina Herszage, Maeve Jinkings, Antonio Saboia, Olívia Torres, Humberto Carrão, Dan Stulbach, Charles Fricks e Luiz Bertazzo, complementando a obra com atuações intensas e humanizadas.

Mais do que um filme, “Ainda Estou Aqui” é um documento de resistência e memória. É arte como justiça histórica, que transforma o silêncio de um desaparecimento forçado em um grito cinematográfico eterno.

Um marco para o cinema. Uma cicatriz do Brasil transformada em poesia na tela.

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