Ancelotti é condenado a 1 ano de prisão na Espanha por fraude fiscal, mas não deve ser preso
O atual técnico da seleção brasileira, Carlo Ancelotti, foi condenado a um ano de prisão pela Justiça da Espanha por envolvimento em um caso de fraude fiscal. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (9/7), mas a pena, segundo a legislação espanhola, não deve levá-lo à prisão.
O caso diz respeito ao período em que Ancelotti comandava o Real Madrid, mais especificamente ao ano de 2014, quando, segundo a acusação, o treinador deixou de declarar rendimentos ligados aos seus direitos de imagem. Já o processo referente ao ano seguinte, 2015, terminou com sua absolvição.
Além da condenação, o técnico italiano foi sentenciado a pagar uma multa de 386 mil euros (aproximadamente R$ 2,5 milhões) à Receita espanhola, valor que representa menos da metade do que recebe atualmente como técnico da Seleção Brasileira Ancelotti ganha cerca de 10 milhões de euros por ano, o que equivale a aproximadamente R$ 5,3 milhões por mês.
A legislação da Espanha prevê que penas inferiores a dois anos, em crimes não violentos, geralmente não resultam em prisão em regime fechado, especialmente para réus primários. Ou seja, Ancelotti não deverá cumprir pena na prisão, mas seguirá com obrigações legais vinculadas à decisão.
O treinador alegou inocência durante o julgamento, ocorrido em abril. O Ministério Público chegou a pedir uma sentença mais pesada: quase cinco anos de prisão por suposta sonegação de mais de 1 milhão de euros.
Até o momento, Ancelotti não se pronunciou publicamente sobre o caso. Já a CBF afirmou que está acompanhando o processo, que segue sendo tratado pelos advogados particulares do treinador.
Carlo Ancelotti assumiu oficialmente a Seleção Brasileira em maio de 2025, após encerrar seu segundo ciclo no comando do Real Madrid, onde trabalhou entre 2013 e 2015, e depois de 2021 até este ano.
O episódio reacende a atenção para os rigorosos controles fiscais na Espanha, país que já investigou ou condenou outras figuras famosas, como Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar e até Shakira, em casos semelhantes de evasão fiscal.