Após ofensiva devastadora, Teerã e Tel Aviv se tornam palco de resgates desesperados
O confronto entre Irã e Israel alcançou um novo patamar neste domingo (15), marcando o terceiro dia consecutivo de bombardeios entre os dois países. As cidades de Teerã e Tel Aviv foram novamente atingidas por explosões desta vez mesmo durante o dia, o que quebra a frequência comum de ataques noturnos.
O número oficial de vítimas ainda não foi confirmado pelas autoridades locais, mas estimativas de agências internacionais apontam pelo menos 78 mortos em território iraniano e 13 em solo israelense. Há, no entanto, informações extraoficiais que indicam que esse número pode ultrapassar 400 no Irã, segundo relatos de grupos que monitoram violações de direitos humanos.
Enquanto as ofensivas continuam, os líderes das duas nações dão sinais de que a escalada da violência pode se intensificar ainda mais. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, prometeu uma retaliação mais dura em resposta aos ataques recentes. Do outro lado, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que os responsáveis pela morte de civis em seu país irão “pagar um preço altíssimo”.
Enquanto o clima de tensão política se acirra, as equipes de resgate trabalham sob condições extremas. Unidades israelenses atuam em áreas devastadas por mísseis, usando cães farejadores, retroescavadeiras e ferramentas de escavação manual na tentativa de localizar sobreviventes em prédios que desabaram.
Em Bat Yam, cidade próxima a Tel Aviv, bombeiros carregavam feridos para longe dos escombros. Entre os relatos emocionantes está o de Julia Zilbergoltz, que relatou:
“Estou em choque. Já enfrentei dificuldades na vida, mas nunca imaginei viver algo assim”, disse enquanto tentava recuperar alguns pertences de seu apartamento destruído.
Outra moradora, Yivgenya Dudka, também teve sua casa atingida e desabafou:
“Está tudo perdido. Não sobrou nada. Nenhuma casa. Simplesmente acabou.”
Do lado iraniano, equipes do Crescente Vermelho foram vistas atuando nas áreas atingidas em Teerã, removendo destroços e tentando socorrer possíveis vítimas. A presença da imprensa estrangeira na capital iraniana tem sido limitada por barreiras impostas pelo governo, o que dificulta a verificação precisa dos danos causados pelos bombardeios israelenses.