Antes de ter seus voos suspensos pela Anac, a Voepass operava em 16 destinos e atualmente enfrenta um processo de reestruturação financeira.
A companhia viu a crise se agravar após o desastre aéreo que matou 62 pessoas em Vinhedo (SP) em 2024. A suspensão das operações ocorre após a agência apontar falhas de segurança.
A Voepass, que antes da suspensão operava voos comerciais para 16 destinos, teve suas atividades interrompidas nesta terça-feira (11) pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) devido a questões de segurança.
A companhia enfrenta uma crise desde o trágico acidente aéreo ocorrido em 2024, em Vinhedo (SP), na região de Campinas, que vitimou 62 pessoas. Diante desse cenário, a empresa anunciou recentemente um processo de reestruturação financeira.
A Voepass obteve, nos últimos meses, decisões judiciais favoráveis que suspendem ações movidas por credores e determinam que a Latam realize depósitos em juízo. Além disso, após a tragédia, a companhia optou por encerrar voluntariamente suas operações em diversos destinos.
Desde 2014, a empresa de Ribeirão Preto mantém um acordo de codeshare com a Latam, permitindo que passageiros adquiram passagens pela Latam e viajem em aeronaves da Voepass.
A Voepass declarou que está comprometida em comprovar sua capacidade de manter os níveis de segurança exigidos e informou que já iniciou tratativas internas para reverter a decisão da Anac.
A Voepass Linhas Aéreas comunicou que foi notificada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a suspensão de suas operações e já iniciou as ações internas necessárias para comprovar, conforme solicitado, sua capacidade de manter os níveis de segurança exigidos pela agência reguladora. A empresa destaca que sua frota em operação está totalmente aeronavegável e pronta para realizar voos, seguindo rigorosamente todos os padrões de segurança estabelecidos.
A Voepass também ressaltou que a suspensão das operações tem um “impacto imensurável para milhares de brasileiros” e, por isso, dedicará todos os seus esforços para retomar as atividades o mais rápido possível.
Por sua vez, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) esclareceu que a suspensão é de caráter cautelar e permanecerá em vigor até que a companhia “comprove a correção das não conformidades relacionadas ao sistema de gestão, conforme previsto nos regulamentos“.
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Em nota, a Anac afirmou: “A suspensão das operações da empresa foi determinada até que seja comprovada a retomada de sua capacidade de garantir o nível de segurança previsto nos regulamentos vigentes.”
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A companhia opera atualmente nos seguintes destinos conforme o site oficial
- Manaus (AM)
- Porto Urucu (AM)
- Carauari (AM)
- Recife (PE)
- Fernando de Noronha (PE)
- Florianópolis (SC)
- Joinville (SC)
- Pelotas (RS)
- Santa Maria (RS)
- Rio de Janeiro – Aeroporto Internacional de Galeão (RJ)
- Guarulhos – Aeroporto Internacional de São Paulo
- Aeroporto de Congonhas (SP)
- Ribeirão Preto (SP)
- Juiz de Fora – Zona da Mata (MG)
- Presidente Prudente (SP)
- Ipatinga (MG)