O DIA EM QUE ARIANA GRANDE SURPREENDEU O MUNDO COM UMA NOTA IMPOSSÍVEL AO VIVO
A gravação que quase destruiu os vocais de Freddie Mercury foi comparada, décadas depois, a um feito igualmente impressionante vindo de uma nova geração de vozes poderosas. Em 2014, durante uma performance ao vivo do clássico “Emotions”, de Mariah Carey, Ariana Grande surpreendeu o mundo ao atingir uma nota tão aguda que fãs, críticos e até profissionais da música se perguntaram: “isso foi real?”
A nota em questão era um G#7 (sol sustenido na sétima oitava), uma frequência tão alta que pouquíssimos cantores na história conseguiram alcançar e muito menos ao vivo, em rede nacional. Para se ter uma ideia, esse tom está entre os mais extremos da escala vocal humana. Não se trata apenas de cantar alto, mas de acessar o chamado “registro de apito” (whistle register), onde as cordas vocais vibram em uma frequência mínima, produzindo um som que parece quase sobre-humano.
O momento aconteceu durante uma apresentação televisiva de tributo Ariana, então com cerca de 21 anos, decidiu homenagear Mariah Carey, uma de suas maiores inspirações. Até ali, o público já reconhecia seu talento vocal, mas ninguém estava preparado para o que viria no final da música. Com controle impecável, Ariana emitiu uma nota tão pura, tão aguda e sustentada que o público ao vivo simplesmente congelou.
Mas o que ninguém sabia era que aquele som quase não foi ao ar.
De acordo com relatos internos da equipe técnica da emissora, o sistema de áudio digital da transmissão cortou parte da frequência da nota nos monitores e na transmissão ao vivo. O motivo? A tecnologia de compressão automática do som usada para manter o volume nivelado em programas de TV não estava preparada para lidar com tamanha altitude vocal. Em outras palavras: a nota foi tão extrema que os sistemas pensaram se tratar de ruído ou interferência.
Felizmente, a performance completa foi gravada e disponibilizada depois nas redes sociais e plataformas digitais. Quando os vídeos se espalharam pelo YouTube e pelo Twitter (hoje X), as reações foram imediatas e intensas. Milhares de fãs começaram a comparar Ariana a Mariah Carey, que, por anos, foi considerada insuperável nesse tipo de técnica vocal. O momento se tornou um dos mais comentados da música pop naquele ano, com revistas especializadas descrevendo a performance como “histórica”, “eletrizante” e “uma redefinição dos padrões vocais contemporâneos”.
Até Mariah Carey notou. Dias depois, ela curtiu e comentou postagens sobre a apresentação, reconhecendo o talento da jovem artista algo raro vindo de uma diva historicamente cautelosa com comparações.
O impacto desse momento foi tão grande que mudou, para sempre, a percepção da indústria sobre Ariana Grande. Ela deixou de ser apenas a ex-estrela da Nickelodeon que cantava bem, e passou a ser vista como uma herdeira legítima da linhagem de grandes vozes da música pop.
Desde então, Ariana continuou a explorar esse limite vocal com habilidade e segurança mas jamais repetiu aquele mesmo G#7 em uma apresentação ao vivo com tamanha intensidade, o que só aumentou o mistério e o fascínio sobre aquele instante raro.
Mais do que um feito técnico, a nota virou símbolo de algo maior: uma geração que, mesmo em tempos de autotune e vozes digitalmente manipuladas, ainda se emociona com talento cru e momentos genuinamente extraordinários.
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