SPOTIFY REFORÇA CONTROLE SOBRE MÚSICAS GERADAS POR IA E DEEPFAKES

SPOTIFY ENDURECE REGRAS CONTRA IA E DEEPFAKES: 75 MILHÕES DE FAIXAS REMOVIDAS

O Spotify anunciou uma das maiores movimentações de sua história recente: a plataforma vai adotar novas medidas para conter o uso indevido de Inteligência Artificial (IA) e deepfakes, ampliando o alcance dessas regras também para o Spotify Brasil. A decisão surge após um dado impressionante: mais de 75 milhões de músicas já foram retiradas do aplicativo nos últimos 12 meses. O motivo vai desde violações de direitos autorais até fraudes envolvendo clonagem de voz.

SPOTIFY MUDA AS REGRAS DO JOGO: NOVAS POLÍTICAS CONTRA IA E MÚSICAS FALSAS
SPOTIFY MUDA AS REGRAS DO JOGO: NOVAS POLÍTICAS CONTRA IA E MÚSICAS FALSAS
UMA POLÍTICA DE IMITAÇÃO MAIS RÍGIDA

Entre as principais novidades, a empresa apresentou uma nova política de imitação vocal, criada para lidar diretamente com denúncias relacionadas a clonagem de voz por IA e outras formas de uso indevido da identidade vocal de artistas.

De acordo com o comunicado, imitações só serão permitidas quando o artista imitado autorizar. Caso contrário, a faixa pode ser removida e o responsável punido. Além disso, foi criado um processo de recurso mais claro, garantindo que artistas tenham voz ativa para proteger seu trabalho e sua imagem.

NÃO É O FIM DA IA NA MÚSICA

O ponto importante é que o Spotify não está banindo o uso de IA. A plataforma reconhece o papel crescente dessa tecnologia na produção musical, mas estabelece um limite: o uso não pode gerar spam, fraude ou violação de direitos de imagem e autoria.

(Foto: reprodução)
(Foto: reprodução)

O caso da cantora virtual Tocanna é um exemplo marcante. Criada por IA, a personagem viralizou com a música São Paulo, baseada em Empire State of Mind, de Jay-Z. Porém, a faixa foi retirada por violação de direitos autorais. A repercussão foi tão grande que a própria personagem gerada por IA chegou a se pronunciar publicamente, levantando debates sobre os limites da criação digital e da autoria artística.

OUTRAS FORMAS DE FRAUDE SOB VIGILÂNCIA

Além da clonagem de voz, as novas medidas do Spotify também visam coibir práticas em que perfis de artistas são usados sem autorização para divulgar músicas sejam elas feitas com IA ou não. Esse tipo de fraude, cada vez mais comum, pode enganar ouvintes e prejudicar a imagem de músicos reais.

UM ECOSSISTEMA MAIS CONFIÁVEL

Em nota oficial, a empresa destacou:

“Enquanto a IA muda a forma como parte da música é feita, nossas prioridades permanecem as mesmas. Estamos investindo em ferramentas para proteger a identidade dos artistas, aprimorar a plataforma e oferecer mais transparência aos ouvintes. Essas atualizações fazem parte de uma série de mudanças que estamos implementando para construir um ecossistema musical mais confiável para artistas, detentores de direitos e ouvintes.”

(Foto: reprodução)

Ou seja, o foco é criar um espaço digital em que inovação e proteção caminhem lado a lado, evitando que a IA seja usada para enganar ou apagar o trabalho de quem realmente cria.

O FUTURO DA MÚSICA DIGITAL

O movimento do Spotify reflete um momento de transição histórica na indústria musical. Se por um lado a IA abre novas possibilidades criativas e amplia fronteiras, por outro levanta dilemas éticos, legais e artísticos. O desafio agora é encontrar o equilíbrio entre liberdade criativa e proteção de direitos.

Com mais de 75 milhões de faixas já derrubadas, o recado da plataforma é claro: o futuro pode ser digital, mas não será uma terra sem lei.

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