BAD BUNNY É PROCESSADO EM R$ 5 MILHÕES POR USAR CASA COMO INSPIRAÇÃO PARA CENÁRIO DE SHOWS
O universo da música latina foi surpreendido por mais uma polêmica envolvendo Bad Bunny, um dos maiores artistas da atualidade. O cantor porto-riquenho está sendo processado em aproximadamente R$ 5 milhões (US$ 1 milhão) por um idoso de 84 anos, que alega que sua residência foi utilizada sem autorização plena como referência para os cenários da turnê mundial “No Me Quiero Ir de Aquí”.

A disputa judicial promete ser longa e chamou a atenção não apenas pela dimensão do pedido de indenização, mas também pelos detalhes curiosos que envolvem a criação dos palcos e o impacto que o episódio trouxe para a vida pessoal do reclamante.
A CASA QUE VIROU CENÁRIO DE SHOWS
De acordo com a ação movida por Román Carrasco Delgado, sua casa localizada em Humacal, Porto Rico, teria sido replicada em tamanho real no palco dos shows de Bad Bunny. A turnê “No Me Quiero Ir de Aquí” percorreu 31 apresentações entre 11 de julho e 20 de setembro de 2025, todas realizadas no Coliseo José Miguel Agrelot, em San Juan.
O cenário recriado para o espetáculo foi um dos pontos altos da produção, recebendo elogios de fãs e críticos pela autenticidade e pelo ar intimista que trazia à apresentação. No entanto, segundo Román, essa fidelidade visual teria custado caro: a exposição inesperada de sua residência acabou se transformando em um pesadelo cotidiano.
A VERSÃO DO MORADOR
O idoso afirma que nunca concedeu autorização completa para o uso de sua propriedade como base para os shows. Segundo a petição, ele teria sido induzido a assinar uma folha em branco por celular, e essa assinatura teria sido posteriormente anexada a diversos contratos que ele desconhecia, configurando um suposto ato de fraude.

Além de contestar a legalidade desses documentos, Román pede a nulidade de todos os contratos e uma compensação por danos morais e psicológicos. Ele reforça que não busca prejudicar a carreira de Bad Bunny, mas apenas receber uma reparação justa pela apropriação da imagem de sua casa e pela exposição pública que passou a enfrentar.
TRANSTORNOS NA VIDA PESSOAL
Um dos pontos mais destacados da denúncia é o impacto que a turnê teria causado na rotina do idoso. Román relata que, desde a estreia do espetáculo, fãs do cantor passaram a visitar sua residência para tirar fotos, gravar vídeos e criar conteúdo para as redes sociais, transformando sua casa em uma espécie de ponto turístico improvisado.
Segundo ele, essa movimentação constante prejudicou sua tranquilidade, gerando desconforto e situações de invasão de privacidade. Além disso, a repercussão midiática do caso ampliou ainda mais sua exposição, deixando-o vulnerável e pressionado.
BAD BUNNY NO AUGE DA CARREIRA
A polêmica acontece em um momento crucial da trajetória do artista. Em janeiro de 2025, Bad Bunny lançou seu sexto álbum de estúdio solo, “Debí Tirar Más Fotos”, pela Rimas Entertainment. O projeto sucedeu o aclamado “Nadie Sabe Lo Que Va a Pasar Mañana” e manteve o cantor no topo das paradas globais, consolidando sua força no trap latino e reggaeton.

Com a “No Me Quiero Ir de Aquí Tour”, o astro reforçou sua posição como um dos nomes mais influentes da música mundial, reunindo multidões e entregando produções grandiosas que unem estética, narrativa pessoal e identidade cultural porto-riquenha.
No entanto, o processo movido por Román Carrasco Delgado pode se tornar uma mancha em meio a esse auge, abrindo debates sobre direitos de imagem, apropriação cultural e responsabilidade das grandes produções musicais.
UM CASO QUE PODE REPERCUTIR
Especialistas em direito do entretenimento já apontam que a disputa pode gerar precedentes relevantes. Se a Justiça acatar a versão de Román e entender que houve fraude contratual ou uso indevido da imagem de sua casa, o caso poderá servir como exemplo para outros processos semelhantes em nível internacional.
Isso levanta questões importantes: até que ponto produtores podem usar referências reais em shows sem afetar os direitos individuais? Onde termina a liberdade criativa e começa a violação da privacidade?
O FUTURO DO PROCESSO
Por enquanto, Bad Bunny e sua equipe ainda não se pronunciaram oficialmente sobre as acusações. A expectativa é que os advogados do cantor apresentem uma defesa sólida, possivelmente alegando que houve consentimento ou que o processo carece de provas consistentes.

Enquanto isso, fãs acompanham de perto o desenrolar do caso. Muitos continuam apoiando o artista incondicionalmente, enquanto outros acreditam que ele ou sua equipe deveriam assumir maior responsabilidade sobre o impacto causado ao morador.
CONCLUSÃO
O processo contra Bad Bunny adiciona uma nova camada à relação entre ídolos e sociedade. Ao mesmo tempo em que artistas buscam conectar suas histórias ao público por meio de cenários e referências pessoais, há sempre o risco de ultrapassar fronteiras legais e éticas.
Seja qual for a decisão final da Justiça, o episódio já entrou para a lista de curiosidades marcantes da música pop internacional em 2025. Resta saber se Bad Bunny conseguirá resolver o impasse sem maiores danos à sua carreira — ou se esse processo multimilionário será lembrado como um dos maiores embates judiciais de sua trajetória.
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