Tarifas de Trump levam Volvo a considerar corte de até 800 funcionários nos EUA
A Volvo anunciou que pretende desligar até 800 funcionários em três de suas fábricas nos Estados Unidos ao longo dos próximos três meses. A medida, segundo um porta-voz da companhia nesta sexta-feira (18), decorre da instabilidade no mercado e da queda na demanda provocada pelas tarifas comerciais impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Em comunicado oficial, a montadora informou que os cortes devem afetar entre 550 e 800 trabalhadores, distribuídos entre a fábrica da Mack Trucks, em Macungie (Pensilvânia), e duas unidades adicionais em Dublin (Virgínia) e Hagerstown (Maryland).
A empresa, que mantém cerca de 20 mil colaboradores na América do Norte, destacou que os pedidos por caminhões pesados vêm diminuindo, reflexo de fatores como a volatilidade das taxas de frete, incertezas regulatórias e o impacto direto das tarifas comerciais.
As ações de Trump, que têm alterado profundamente o sistema de comércio global vigente há mais de sete décadas, estão sendo apontadas como responsáveis por prejudicar a confiança de consumidores e empresários, além de levarem analistas a revisar para cima as projeções de recessão nos EUA.
O setor automotivo e de caminhões, em especial, tem sido duramente atingido pelas tarifas que encarecem componentes importados, aumentando os custos de produção. Segundo a Volvo, a decisão de reduzir o quadro de funcionários é necessária para ajustar o ritmo de fabricação à atual demanda de mercado.
“Infelizmente, essa medida é inevitável diante da conjuntura econômica. Precisamos adequar nossa produção à queda na procura pelos nossos veículos“, informou a companhia em nota.
